Autismo em condomínios: informação, empatia e inclusão

28

mar | 2023

Autismo em condomínios: informação, empatia e inclusão

A experiência de conviver com autismo em condomínios tem suas particularidades. Mas com conhecimento, tolerância e acolhimento, tem tudo para ser leve.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 70 milhões de pessoas no mundo têm autismo, e no Brasil, são 2 milhões. Por isso, as chances de você já ter convivido (ou ainda vai conviver) com um portador do espectro autista são altas. Inclusive nos empreendimentos onde moramos. O autismo em condomínios traz algumas particularidades e polêmicas.

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Em um condomínio com morador autista, por exemplo, alguns episódios problemáticos podem ocorrer:

Discriminação (capacitismo);

Segurança: sair do prédio sozinho e sem avisar os responsáveis, acessar lugares inapropriados, dependurar-se na janela do apartamento, etc.;

Atritos com outras crianças e adultos;

Reclamações de barulho;

Acusações ou suspeitas de maus-tratos pelos responsáveis;

Danos ao patrimônio do condomínio ou a terceiros (paredes do prédio, carros dos vizinhos, etc).

Dia 2 de abril é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, por isso preparamos esta matéria trazendo situações reais de autismo em condomínio.

O intuito é conscientizar vizinhos, síndicos e funcionários sobre o TEA para que a boa convivência prevaleça no condomínio e, principalmente, sejam garantidos os direitos da pessoa autista. Venha com a gente!

Áreas em que uma pessoa autista tem dificuldades:

Socialização/Relacionamento;

Comunicação (verbal ou não);

Sistema sensorial sensível (texturas, sons, cheiros, cores, etc);

Distúrbios de sono.

Vale lembra também que dificilmente o autismo vem sozinho. Outras condições podem acompanhar o TEA, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), depressão, epilepsia, etc. 

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O que pode incomodar um autista:

Som alto ou muitas pessoas falando ao mesmo tempo;

Mudança repentina na rotina;

Puxar uma conversa com ele ou insistir em alguns assuntos que ele não quer falar; 

Contato físico (muitos não gostam de abraçar, nem ser tocados).

O que geralmente agrada um autista

Previsibilidade;

Elementos visuais (são atrativos e trazem conforto);

Silêncio.

Alguns padrões de comportamento autísticos:

Movimentos restritivos e repetitivos (os quais podem ser vistos como inadequados pela sociedade);

Isolamento social;

Não se comunicar através da fala, e sim gestos;

Hiperfoco (podem falar por horas sobre um mesmo assunto);

Pular, falar alto ou gritar repentinamente ao se expressar;

Em crise, podem bater e quebrar coisas no chão, arrastar móveis, etc. 

Vítimas, tutores ou responsáveis podem ingressar diretamente com uma ação judicial ou acionar estes canais para fazer a denúncia:

Disque 100  (Direitos Humanos para Crianças e Adolescentes);

Disque Denúncia 181;

Site do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania;

Aplicativo Direitos Humanos Brasil.

Agora que você já sabe como lidar com situações relacionadas ao autismo em condomínios, que tal compartilhar sua opinião e histórias sobre o assunto? 

Se ainda tem alguma dúvida, escreva pra gente pelos comentários. Até a próxima. 

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