17
mar | 2019
Lixeiras nos condomínios: É algo proibido ou não?
A coleta de lixo, geralmente, é prática para os moradores que vivem no condomínio. Cada andar conta com uma lixeira grande, onde as sacolas das unidades são depositadas.
Uma ou duas vezes por dia, um funcionário da limpeza passa para recolher o lixo. Porém, essa prática tão comum não é indicada - em alguns municípios é proibido - por motivo de segurança.
Afinal, em caso de emergência, as lixeiras em todos os andares não passariam de obstáculos no caminho daqueles que querem chegar ao térreo o mais rápido possível.
Mesmo sabendo disso, muitos condomínios não abrem mão das lixeiras em todos os andares, o que pode ser um grande problema ao renovar o AVCB, além de ser uma ameaça constante em caso de acidentes.
A mais recorrente é marcar um horário, ou dois, para a coleta do lixo nas unidades. O funcionário do condomínio toca a campainha, e o morador ou seu funcionário entrega suas sacolas de resíduos para ser encaminhado ao lixo do condomínio.
Dessa forma, a lixeira grande é retirada dos andares, e o condomínio ganha em segurança e não perde no quesito limpeza.
O que muda na retirada do lixo
Apesar das situações enumeradas a seguir (veja abaixo algumas das dificuldades mais comuns em mudar esse hábito nocivo dos condomínios, e suas possíveis soluções), o ponto mais crítico é sempre a mudança de cultura nos condomínios.
Por isso, o síndico deve levar a alteração do cuidado com o lixo para aprovação assemblear. Dessa forma fica mais fácil estabelecer procedimentos a serem cumpridos e coibir abusos.
“A primeira semana geralmente é mais difícil para implantar a mudança do recolhimento do lixo, há bastante resistência e parece que não vai dar certo. Mas duas ou três semanas depois as coisas já entraram nos eixos”, aponta Alexandre, do Instituto Muda , que elabora projetos do tipo para condomínios.
Para aqueles moradores que depois do período de adaptação de três semanas continuarem a não se adequar ao novo esquema de recolhimento do lixo, vale aplicar as sanções previstas no regulamento interno.
Problemas práticos
Mas e no caso de a unidade estar vazia no horário da coleta pelo funcionário?
“Quando acontece isso, o próprio morador pode levar seu lixo para a lixeira do condomínio”, explica Alexandre Furlan, diretor do Instituto Muda.
Há quem prefira levar seu lixo até a lixeira – e não ser incomodado com a campainha pelos funcionários do condomínio.
Para esses casos, o Instituto Muda desenvolveu uma tag que pode ser colocada na porta, para que o colaborador saiba que o resíduo já foi encaminhado corretamente.
Como em São Paulo – e em algumas outras cidades do país – é proibido que o condomínio tenha lixeiras aramadas nas ruas, nesse caso só se pode colocar o lixo para fora poucos momentos antes que o lixeiro passe para o coleta.
“Para essas situações o ideal é que um funcionário do condomínio retire o lixo apenas na hora de colocá-lo na rua. Caso o morador não esteja na unidade no momento, o mesmo deve ou entregar o resíduo para o funcionário quando for sair de casa ou deixá-lo na porta da unidade par a ser recolhido. Não são as alternativas ideais, mas é um problema recorrente em condomínios com espaço comum reduzido”, argumenta Vania Dal Maso, gerente de condomínios da administradora Itambé.
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