Os sinais da Angústia

01

abr | 2021

Os sinais da Angústia

O mês de setembro é dedicado à prevenção dos distúrbios da depressão e ao suicídio tentado ou infelizmente consumado. Esse fato realça o nosso péssimo hábito de não saber ouvir ou interpretar os sinais enviados por qualquer pessoa em agonia e sofrimento interior.

Nosso blog é dedicado aos assuntos corriqueiros do dia-a-dia dos condomínios. São questões as mais variadas envolvendo profissionais de inúmeros setores. Ocorre que pouca ou nenhuma atenção é dada para um aspecto tão íntimo demonstrando o despreparo e muita limitação das administradoras de condomínios para lidar e devidamente orientar a sua clientela.

Os síndicos, membros do corpo diretivo, condôminos, moradores e colaboradores, convivem ou são acometidos por essa doença chamada depressão, que se não tratada no seu tempo poderá levar o doente a pensamentos de suicídio.

A vida nos reserva momentos de perdas: O falecimento de um ente querido; o fim de um relacionamento; a dispensa do trabalho; dívidas não equacionadas; dificuldades e situações problemáticas no âmbito familiar. Enfim, uma gama enorme de situações aflitivas sobrecarregando o físico e o emocional.

Esses momentos que são suportados com resiliência por alguns, é para outros um verdadeiro fardo. Muitas vezes por nosso desconhecimento são associados a possíveis sinais de depressão naquelas pessoas melancólicas por não saber lidar momentaneamente com essas dificuldades.

A depressão e o suicídio são questões complexas agravadas nesse momento pela pandemia. Um sinal característico de um quadro depressivo é quando uma pessoa passa a ter aversão por atividades que costumeiramente exercia com felicidade e sentido de realização.

Chama a atenção o fato que a pessoa começa a ficar acometida de um sentimento de culpa sem saber explicar, acompanhado de um vazio de energia e sem propósito existencial.

Em condomínio como na vida em geral, somos movidos por interesses pessoais e muitas vezes egocêntricos sem se dar conta que estamos cercados por pessoas. E que na realidade, somos e estamos interligados criando uma dependência social recíproca. Em resumo: o que afeta o meu próximo, provoca uma onda de impacto em minha vida, nas minhas emoções e sentimentos.

Entender toda essa mecânica emocional pode ser decisivo para ajudar alguém que esteja emitindo sinais de socorro. A preocupação geral dos especialistas aponta para dados alarmantes. A depressão e o suicídio vêm avançando na sociedade, sendo muito frequente sua ocorrência e suas consequências entre a camada mais jovem.

Podemos exemplificar apresentando alguns sinais que não podem ser negligenciados. Lembrando que não precisa a pessoa apresentar todos os sinais; muitas vezes, basta um deles.

- Procurar com ansiedade resolver todos os assuntos pendentes;

- Preocupar-se em demasia na confecção de um testamento, ou informar o que deseja em relação ao seu velório, e o destino a ser dado ao seu corpo;

- Fugir do contato com pessoas, tristeza excessiva, recusar conversar com familiares e amigos;

- Perda aparente do interesse pela vida;

- Mudanças bruscas de comportamento;

- Emitir sinais frequentes do desejo de abreviar a vida;

- Após traumas e momentos de grande dor, apresentar uma falsa sensação de calma e despreocupação com tudo.

Quando se perceber um desses sinais nas pessoas, tome a iniciativa de indicar a procura de ajuda médica e psiquiátrica. O Centro de Valorização da Vida (CVV – Fone 188) é excelente alternativa, pois conta com um quadro de pessoas treinadas e preparadas para ajudar. Não devemos nesses casos fechar as portas para a ajuda religiosa e espiritual.

A situação mais crítica ocorre quando falha a recepção e percepção de todos os sinais de alerta emitidos pelas pessoas em sofrimento, levando-as ao suicídio tentado ou consumado. Esses atos em sua maioria são impulsos merecendo todo cuidado na sua prevenção. Com toda cautela e sem chamar atenção, deve-se remover do alcance da pessoa, qualquer material ou objeto que possa servir de instrumento em um ato de desespero, bem como acesso a medicamentos e comprimidos.

Procure respeitar a individualidade, mas não permita isolamentos prolongados ou que a pessoa se feche em qualquer ambiente da casa ou do apartamento. Neste caso, muita atenção para as sacadas e janelas das unidades em andares superiores.

O tratamento para essas pessoas envolve profissionais da saúde que trabalharão em conjunto. São médicos, psiquiatras, psicólogos que saberão escolher os métodos e medicamentos necessários. Mas não descartar e menosprezar por preconceito ou descrença, o apoio em paralelo das religiões e movimentos espirituais.

Além de todas as formas de tratamento, é fundamental estar perto demonstrando empatia para com a dor alheia; porém, estimular a todo tempo a reação e a não desistência da vida seguindo em frente, praticando exercícios físicos para relaxar e melhorar o corpo.

Outras práticas também são recomendáveis para manter o equilíbrio e saúde mental:

- Ter objetivos e foco em suas realizações;

- Conversar com pessoas da sua confiança;

- Não se preocupe em demonstrar alegria. Não carregue culpas, sua melhora irá ocorrer lentamente;

- Adiar decisões pessoais importantes até a plena recuperação;

- Discuta planos e decisões importantes somente com pessoas que o conheçam e estejam dispostas a ouvir e opinar positivamente;

- Se for do desejo da pessoa, práticas de meditação, participação em reuniões religiosas, espirituais, ou encontros de grupos de ajuda específica são altamente positivos;

Não há qualquer pretensão de formular um tratado ou entrar em campo exclusivo dos especialistas da área de saúde. Mas uma simples contribuição como gestores administrativos aos síndicos, condôminos e moradores por estar na linha de frente e em contato permanente com pessoas.

Somos bilhões no planeta vivendo em um imenso condomínio, cada qual com sua fração ideal e suas responsabilidades na preservação de toda forma de vida.

O mês de setembro é dedicado à prevenção dos distúrbios da depressão e ao suicídio tentado ou infelizmente consumado. Esse fato realça o nosso péssimo hábito de não saber ouvir ou interpretar os sinais enviados por qualquer pessoa em agonia e sofrimento interior.

Nosso blog é dedicado aos assuntos corriqueiros do dia-a-dia dos condomínios. São questões as mais variadas envolvendo profissionais de inúmeros setores. Ocorre que pouca ou nenhuma atenção é dada para um aspecto tão íntimo demonstrando o despreparo e muita limitação das administradoras de condomínios para lidar e devidamente orientar a sua clientela.

Os síndicos, membros do corpo diretivo, condôminos, moradores e colaboradores, convivem ou são acometidos por essa doença chamada depressão, que se não tratada no seu tempo poderá levar o doente a pensamentos de suicídio.

A vida nos reserva momentos de perdas: O falecimento de um ente querido; o fim de um relacionamento; a dispensa do trabalho; dívidas não equacionadas; dificuldades e situações problemáticas no âmbito familiar. Enfim, uma gama enorme de situações aflitivas sobrecarregando o físico e o emocional.

Esses momentos que são suportados com resiliência por alguns, é para outros um verdadeiro fardo. Muitas vezes por nosso desconhecimento são associados a possíveis sinais de depressão naquelas pessoas melancólicas por não saber lidar momentaneamente com essas dificuldades.

A depressão e o suicídio são questões complexas agravadas nesse momento pela pandemia. Um sinal característico de um quadro depressivo é quando uma pessoa passa a ter aversão por atividades que costumeiramente exercia com felicidade e sentido de realização.

Chama a atenção o fato que a pessoa começa a ficar acometida de um sentimento de culpa sem saber explicar, acompanhado de um vazio de energia e sem propósito existencial.

Em condomínio como na vida em geral, somos movidos por interesses pessoais e muitas vezes egocêntricos sem se dar conta que estamos cercados por pessoas. E que na realidade, somos e estamos interligados criando uma dependência social recíproca. Em resumo: o que afeta o meu próximo, provoca uma onda de impacto em minha vida, nas minhas emoções e sentimentos.

Entender toda essa mecânica emocional pode ser decisivo para ajudar alguém que esteja emitindo sinais de socorro. A preocupação geral dos especialistas aponta para dados alarmantes. A depressão e o suicídio vêm avançando na sociedade, sendo muito frequente sua ocorrência e suas consequências entre a camada mais jovem.

Podemos exemplificar apresentando alguns sinais que não podem ser negligenciados. Lembrando que não precisa a pessoa apresentar todos os sinais; muitas vezes, basta um deles.

- Procurar com ansiedade resolver todos os assuntos pendentes;

- Preocupar-se em demasia na confecção de um testamento, ou informar o que deseja em relação ao seu velório, e o destino a ser dado ao seu corpo;

- Fugir do contato com pessoas, tristeza excessiva, recusar conversar com familiares e amigos;

- Perda aparente do interesse pela vida;

- Mudanças bruscas de comportamento;

- Emitir sinais frequentes do desejo de abreviar a vida;

- Após traumas e momentos de grande dor, apresentar uma falsa sensação de calma e despreocupação com tudo.

Quando se perceber um desses sinais nas pessoas, tome a iniciativa de indicar a procura de ajuda médica e psiquiátrica. O Centro de Valorização da Vida (CVV – Fone 188) é excelente alternativa, pois conta com um quadro de pessoas treinadas e preparadas para ajudar. Não devemos nesses casos fechar as portas para a ajuda religiosa e espiritual.

A situação mais crítica ocorre quando falha a recepção e percepção de todos os sinais de alerta emitidos pelas pessoas em sofrimento, levando-as ao suicídio tentado ou consumado. Esses atos em sua maioria são impulsos merecendo todo cuidado na sua prevenção. Com toda cautela e sem chamar atenção, deve-se remover do alcance da pessoa, qualquer material ou objeto que possa servir de instrumento em um ato de desespero, bem como acesso a medicamentos e comprimidos.

Procure respeitar a individualidade, mas não permita isolamentos prolongados ou que a pessoa se feche em qualquer ambiente da casa ou do apartamento. Neste caso, muita atenção para as sacadas e janelas das unidades em andares superiores.

O tratamento para essas pessoas envolve profissionais da saúde que trabalharão em conjunto. São médicos, psiquiatras, psicólogos que saberão escolher os métodos e medicamentos necessários. Mas não descartar e menosprezar por preconceito ou descrença, o apoio em paralelo das religiões e movimentos espirituais.

Além de todas as formas de tratamento, é fundamental estar perto demonstrando empatia para com a dor alheia; porém, estimular a todo tempo a reação e a não desistência da vida seguindo em frente, praticando exercícios físicos para relaxar e melhorar o corpo.

Outras práticas também são recomendáveis para manter o equilíbrio e saúde mental:

- Ter objetivos e foco em suas realizações;

- Conversar com pessoas da sua confiança;

- Não se preocupe em demonstrar alegria. Não carregue culpas, sua melhora irá ocorrer lentamente;

- Adiar decisões pessoais importantes até a plena recuperação;

- Discuta planos e decisões importantes somente com pessoas que o conheçam e estejam dispostas a ouvir e opinar positivamente;

- Se for do desejo da pessoa, práticas de meditação, participação em reuniões religiosas, espirituais, ou encontros de grupos de ajuda específica são altamente positivos;

Não há qualquer pretensão de formular um tratado ou entrar em campo exclusivo dos especialistas da área de saúde. Mas uma simples contribuição como gestores administrativos aos síndicos, condôminos e moradores por estar na linha de frente e em contato permanente com pessoas.

Somos bilhões no planeta vivendo em um imenso condomínio, cada qual com sua fração ideal e suas responsabilidades na preservação de toda forma de vida.

Rosemere Brandão

Rosemere Brandão

Formada em Administração de Empresa pela FMU. Certificada em Administração de Condomínios pelo Secovi.  Atua como  Síndica Profissional na empresa Exclusiva Síndico.